Muito se lê na imprensa, atualmente, matérias com sugestões que
parecem verdadeiros milagres com relação à inclusão digital.
Computadores e laptops, cheios de entraves, são apresentados como a
salvação para que educadores e estudantes do mundo inteiro possam
usufruir das maravilhas que a tecnologia oferece. Há de se salientar,
porém, as limitações que tais soluções apresentam. Monitores cujos
tamanhos forçam a vista do estudante, problemas de ergonomia que podem
trazer riscos para a coluna e baixa resolução da tela estão entre as
desvantagens desses aparatos.
Para que a inclusão digital seja feita de
forma mais efetiva é necessário avaliar como essas soluções são
apresentadas.Um computador com o mesmo preço de um chinelo – que é o
que anda sendo divulgado – teria a mesma qualidade de um notebook que
custa dez mil reais nos shoppings? Loucuras de mercado ou questão de
custo/benefício?
É possível, sim, importar placas simples e montar
computadores mais baratos, mas isso acaba comprometendo as grandes
marcas que trabalham com essa tecnologia, além deixar de lado a
garantia dos produtos.
A preocupação com a funcionalidade e a vida
útil, por exemplo, devem vir em primeiro lugar na linha de produção
desses equipamentos.
Trata-se, portanto, de aliar a criatividade à
durabilidade, tendo sempre em foco as diversas nuanças e peculiaridades
dos seres humanos, oferecendo produtos que contemplem variados perfis
talvez seja a alternativa mais viável para se alcançar uma inclusão
digital quede fato seja ampla e irrestrita.